Pedro Mexia sobre Agustina Bessa-Luís
aula sobre uma das maiores autoras nacionais no dia do seu aniversárioPhotocall oficial FOLIO na entrada da Vila Literária
Artista carioca, constrói Óbidos em miniatura, a partir de papelão, desperdício, lixo, etc.
Simultaneamente, passam vídeos do trabalho deste artista plástico.
Inauguração
local de restauração com inspiração literária na Cerca do Castelo
MIÚCHA E GEORGIANA DE MORAIS
Grande concerto de abertura. Homenagem a Vinícius de Moraes.
“E é o que estamos fazendo : invocando a presença de Vinicius com suas canções e poemas para repartir com aqueles que não tiveram o privilégio de sua amizade, “ um punhado” de lembranças e histórias que revelam um pouco da personalidade do ser humano fascinante que habitava o grande artista que todos conhecem. “
Miúcha
Georgiana de MoraesFrancisco Fanhais
Isaque Ferreira
José Rui Martins /Luisa Vieira
Manuel Freire
Solange Padilla
" Já sabemos que a civilização está em boas mãos,
que a economia está em boas mãos,que o poder passa de boas em boas mãos .E a poesia,está em boas mãos?
Esperamos que não"
António Zambujo E Mayra Andrade
Cantam Caetano Veloso
Livro do Desassossego
Coordenação Inês Fonseca Santos
Com:
. Pedro Lamares (actor e diseur)
. Filipa Leal (jornalista, escritora e diseur)
. João Paulo Cotrim (editor e escritor)
. António Mega Ferreira (escritor)
. Clara Caldeira (jornalista e escritora)
. Raquel Marinho (jornalista)
. Vasco Gato (poeta e tradutor)
. Inês Veiga de Macedo (actriz)
. Ana Lopes Gomes (actriz)
. Susana Menezes (diseur)
. Paulo Condessa
. Rita Taborda Duarte
“EnSUITE” - Orquestra Metropolitana de Lisboa
G. P. Telemann Suíte em Lá Menor, TWV55: a2
S. Azevedo Suíte Concertante
J. S. Bach Suíte Orquestral N.º 2, BWV 1067
Flauta e Direção Musical: Nuno Inácio
11 músicos de países diferentes interpretam repertório tradicional português. O Projeto de Edgar Valente ganha forma em palco com 11 músicos, mais os convidados, como o cante alentejano ou a percussão de Rui Júnior. Juntam-se porque são a consciência de todo um povo que tem algo a cantar.
Sophia
de João César Monteiro
curta apresentada por autor a anunciar
Diogo Infante interpreta a “Ode Marítima”, um dos poemas mais marcantes (e delirantes) de Álvaro de Campos (a par da “Ode Triunfal”), e assume o comando de um paquete que nunca chegou a entrar no cais.
SINOPSE
Amanhece. Um homem observa o porto. Assume o comando de um paquete que não chegou a entrar no cais. Começa uma viagem para dentro de si, percorrendo imaginariamente todos os comportamentos humanos e procurando “sentir tudo de todas as maneiras”.
Nesta viagem – em que símbolos e sensações se confundem, soltando-se das amarras da razão – o poeta percorre o imaginário marítimo português.
Sustentando na metáfora de fluxo e refluxo do movimento marinho a contradição violenta de um homem que tenta religar diferentes identidades, transforma-se ele próprio no cais e no destino, dando corpo à viagem.
Publicado em Junho de 1915 no segundo número da revista Orpheu, “Ode Marítima” é um dos poemas mais marcantes do heterónimo Álvaro de Campos, no qual melhor se expressam as suas ideias de força e agressividade, tão marcantes no período futurista e sensacionista de Fernando Pessoa.
Este poema meditativo sobre o imaginário marítimo português continua a revelar-se profundamente atual – o homem que olha para o horizonte, vê um paquete entrar na barra e faz uma viagem interior numa tentativa desesperada de sentir alguma coisa, faz todo o sentido na realidade que vivemos hoje.
Trata-se de um texto fabuloso, com uma enorme capacidade de veicular sentimentos ao público e tocar cada espectador de uma forma muito pessoal.
Pessoa é um poeta passível de interpretações.
E, porque não, fazê-las no teatro?
Palma de Ouro do Festival de Cannes, 1959, e Óscar de melhor filme estrangeiro em 1960.
Seguem-se comentários de Vania Chaves e Madalena Gonçalves.
erma, um projecto de teatro performativo com direcção e encenação de João Garcia Miguel a partir da reescrita do poema dramático homónimo, datado de 1934, de Federico García Lorca, onde o tema específico da esterilidade de um casal é descrito segundo uma perspectiva feminina – expondo um ambiente de mistério e poesia próprio da cultura da Europa do Sul.
Yerma é o nome de uma mulher casada que deseja ter um filho como todas as outras mulheres à sua volta. Descobre que o marido não lhe consegue dar esse filho que deseja; desespera, não se resigna e resiste à ideia de ficar prisioneira de uma esterilidade da qual não se considera culpada e trilha o caminho que a levará à sua tragédia pessoal.
Há algo de demiúrgico na acção de Yerma, que toma nas mãos o futuro e faz-se protagonista do seu destino. À semelhança de Antígona, Yerma é inflexível, e tal como Medeia, mata o seu próprio filho. Estas mulheres agem a partir dos sentidos que emanam dos seus universos interiores, que servem de base à construção do seu mundo pessoal. Yerma é o reflexo e sinónimo de falência dos argumentos racionais e das palavras. O que não consegue construir com as palavras concretiza com as suas próprias mãos através do sacrifício do corpo.
Nesta obra, Federico García Lorca mostra-nos a dor e o poder da impotência em múltiplas dimensões: a impotência das regras estabelecidas perante o espírito e a vontade individual, a impotência dos laços sociais perante a animalidade e as forças que se ocultam no nosso corpo, a impotência das palavras e dos acordos de convivência humanos que resultam invariavelmente em violência e rupturas profundas; e também o seu reverso: a impotência do indivíduo perante as forças da lei e da moral. É para lá das fronteiras da impotência, num território desconhecido, que se gera a violência onde se movem forças livres em oposição. Os universos interiores de Yerma e Juan, o seu marido, parecem destinados a destruírem-se, como uma alegoria do fim das coisas. O seu desentendimento descobre tensões entre o marido e o amante, entre o pai, a mãe e o filho, entre a mãe e a mulher casada, tensões interiores que precipitam o fim das suas vidas, cujo sentido maior se perdeu. Essa alegoria do fim das coisas é um jogo de morte, onde esta surge como um gesto de defesa, contra a fatalidade, contra a impossibilidade de concretizar sonhos.
Organização da área de Ciência das Religiões da Un. Lusófona
- Introdução por Paulo Mendes Pinto
- Leitura do Cântico dos Cânticos
- Leitura da Descida de Inanna ao Mundo Inferior
(por José João Rita, Manuela Gomes, Mariana Vital, Paulo Mendes Pinto e Rui Lomelino de Freitas)
- Diálogo com o público
POESIA
(com música) Grupo Os Epígrafes
Ler Devagar...
20 DIZER
A palavra com som, cor, corpo e alma
TRIGO LIMPO teatro ACERT
José Rui Martins e Luísa Vieira partilham a palavra dita e musicada.
Uma viajem onde a declamação poética voa em múltiplas geografias da escrita, explorando a musicalidade da palavra e a simplicidade de dar voz a seduções emotivas.
Recital poético-musical especial/FOLIO, tendo como trilho as palavras de alguns dos escritores presentes, entre muitos outros do nosso encantamento…
Carlos Drummond de Andrade, Chico Buarque, Eduardo Galeano, Eduardo Lourenço, Eduardo White, Gonçalo M. Tavares, Hélia Correia, João Luís Oliva, José Eduardo Agualusa, José Saramago, Luís Fernando Veríssimo, Mia Couto, Ondjaki, Pepetela, Sophia de Mello Breyner, Ungulani Ba Ka Khosa, Vinicius de Moraes…
José Rui Martins – Declamação e Direção Artística
Luísa Vieira – Voz, flautas e Mbira
A partir da narrativa de Saramago "Ensaio sobre a cegueira", GMT irá analisar e pensar sobre vários tipos de cegueira, na literatura e nas artes.
O Vendedor de Passados de Lula Buarque de Hollanda (com a presença de José Eduardo Agualusa, autor da obra homónima)
ESPETÁCULO
Gregório Duvivier (Stand Up Poetry) – Exclusivo FOLIO
Fernando Pessoa
por Richard Zenith
Programação José Fanha
Promovido por: Ler Devagar
Poetas de Orpheu
com João D’Ávila
Para ler e escutar Lobo Antunes é preciso ter a chave certa. Se calhar, a chave mais directa e mais complexa é a mulher. Melhor dizendo, a multidão de mulheres que vivem nos seus livros. Quem diz livros, diz peça de teatro.
O espetáculo ANTÓNIO e MARIA é uma procura, uma surpresa, um monólogo múltiplo de mulheres. Vozes mutantes num corpo iluminado. Um exercício, por assim dizer, de doméstico sublime. Aproveitando uma lição simples do escritor para a vida toda: Espreitar para dentro de uma bota porque às vezes há coisas.
Cristina Branco e Mário Laginha Trio
Cantam Chico Buarque
José e Pilar, de Miguel Gonçalves Mendes
(apresentado pelo realizador ou Sérgio Letria, diretor da Fundação Saramago)
Real Combo Lisbonense
Homenagem a Carmen Miranda
(no âmbito da efeméride da descoberta dos 450 anos do Rio de Janeiro)
A mascote do Folio, sai da Vila e encerra oficialmente o festival.